
Marquês Guglielmo Marconi, Tinha apenas vinte anos, em 1894, quando transformou o celeiro da casa onde morava em laboratório e estudou os princípios elementares de uma transmissão radiotelegráfica. Daí por diante estava aberto o caminho para o Rádio no mundo.
Lembro-me dos meus oito anos quando tive a primeira experiência em ouvir
rádio. Meu pai ganhou de presente de um filho um rádio da marca Philco com 6
faixas, montado numa caixa do tamanho de um frigo
bar. Capitava ondas de rádios local em AM e podiamos ouvir nos 25m
emissoras do mundo inteiro (Ondas Curtas). À época, moravamos na pequena Itapé a
300 km de Salvador no Estado da Bahia, anos 70 e não existia aparelho de
televisão em nenhuma casa na cidade até aquela data. Logo, as informações eram trazidas pelo radio,
com certeza, e a casa do Seu João Luna era o point dos senhores do lugar para, no final de tarde se falar de
política ouvindo-se a Voz do Brasil e as notícias das Rádios Bandeirante e Globo,
muito ouvidas por aquelas bandas!
Foi também naquele aparelho que tive a inspiração para estudar a
Eletrônica e dái me formar em Técnico em Eletrônica, cujo ofício o exerci, com
orgullho, por muito anos de minha vida.
Como tudo na vida tem seu tempo. Veio a tecnologia e o radio foi perdendo
espaço para a mídia televisiva, mas não morreu e nem morrerá.
Assim, oxalá, feliz estou ao ler a notícia publicada pelo Estadão,
verbis:
Depois da falência da marca Campeão, dois ex-funcionários e
mais um sócio não deixaram a fabricação nacional de rádios acabarem. Em 2000, o
trio criou a Poneradio e a marca Companheiro para comercializar aparelhos
receptores FM, AM e ondas curtas. A procura por jovens pelo produto resultou
até no lançamento de um modelo retrô. O rádio Itamarati é inspirado nos modelos
antigos, mas tem entrada auxiliar para iPod e mp3.
Entre os clientes da empresa, a supervisora de vendas, Catia
de Souza, destaca aqueles com perfil saudosista e os que gostam de aparelhos
com alcance mundial. A procura de jovens pelos aparelhos fez com que a empresa
lançasse, em 2010, o Itamarati, com uma entrada auxiliar. "Tem muitos
jovens que compram o rádio para dar de presente e até para a decoração",
contou Catia.
Na linha retrô, a empresa fabrica quatro modelos: Imperador,
Cabeceira, Itamarati e Alvorada. Os preços variam de R$ 140 a R$ 220. Já na
linha dos portáteis há opções de até R$ 180. Com uma meta mensal de faturamento
de R$ 230 mil, a empresa tem uma produção média mensal de 2 mil rádios. "É
uma empresa nacional, que mesmo com todas as crises, vem sobrevivendo",
pontuou Catia.
Os rádios são vendidos em lojas de todo o Brasil e também na
loja onde fica a fábrica na Rua Marcelo de Menezes, 299, no bairro do
Carandiru, em São Paulo. Alguns modelos também são vendidos no site da empresa.
Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,empresa-quer-lucrar-r-230-mil-por-mes-com-venda-de-radios-inspirados-em-modelos-antigos,2621,0.htm
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