Ancorado numa visão panorâmica, sobre a linguagem, esta, sempre em
contínua evolução e não há força capaz de lhe estancar a movimentação.
Ao propósito, estilo é a maneira toda especial de exprimir os
nossos pensamentos, idéias e conceitos querem na linguagem escrita quer falada.
Por conseguinte, o estilo é caráter privativo e genuíno e pertence
a cada um em particular. É muito mais que maneira ou modo de expressar os
pensamentos – é um dom é uma arte, assevera Alpheu Tersariol.
Logo, como arte nos leva a criar, a gerar idéias. Construindo o
novo ou mesmo ponderando sobre as criações já existentes, sem traí-lo ou
pervertê-lo. Sobre mais, os elementos existentes ao nosso redor são passíveis
de mutações, seja pela autopoiese, seja pelo poder do homem em transformar.
Ressalte-se que o estilo nasce com a pessoa (dom). A capacidade de
conhecer exterioriza-se no reflexo de personalidade trazida a lume pela
estética incorporada, tanto mais, materializa-se no fenômeno, plástica, esta demonstra
a firmeza de sua cultura, sua, formação.
O estilo pode receber polimento de uma cultura adquirida, onde sua
evolução recebe o signo de aprimoramento. Aprimorar é demonstrar grau de fineza
espiritual e cultural da pessoa que escreve ou fala.
Convém destacar que na estilização temos o emprego dos
procedimentos e estilo. Pode-se, assim, utilizar ou reutilizar instrumentos
retóricos em variações sobre o mesmo tema.
Seguramente, toda e qualquer pessoa deve possuir o seu próprio
estilo de literariedade.
Em remate, por que “temer uma folha de papel ou uma caneta, quando
requestado para descrever ou produzir por meio da escrita”! Todos têm aptidão
para escrever, e escrever bem as suas idéias, mas, para tanto: é necessário ter
iniciativa. É necessário escrever, porque se aprende a escrever, escrevendo!
A REDAÇÃO. É
comum ocorrer à pergunta: como vou fazer a redação? Ora, aos que estejam
dispostos a escrever e de bem redigir, o caminho é permeados por etapas:
INVENÇÃO – PLANO - REDAÇÃO.
Acrescente aí, Rascunho – Esquema – Meditação. A invenção é meditação.
Inventar é procurar e descobrir idéias. As idéias constituem, num trabalho
literário, a essência, a base, a verdadeira matéria-prima. Na meditação
procura-se a idéia central. Ora, o que é a idéia central? É a força motriz que
impulsiona o tema a ser desenvolvido. E mais, em torno da idéia central deve
girar as idéias secundárias. As
idéias secundárias ou acessórias constituem complementos que dão ao trabalho a
unidade imprescindível e a concatenação lógica entre as próprias idéias.
Plano. O
plano consiste em: selecionar as idéias; concatenar as idéias; organizar um
esquema; preservar a unidade. Dessa forma ao cogitar na seleção das idéias,
deve-se ordená-las visando à devida concatenação das mesmas como garantia e
característica de unidade. Daí vem à necessidade de organizar. Construir
um esquema para garantia da unidade. O
esquema deve sintetizar o conteúdo do trabalho de tal maneira que facilite a
redação.
A unidade pode ser lógica ou cronológica, sendo isto bastante
relativo, e submetido ao assunto da redação. Logo, com o esquema a frente
deve-se preocupar com o modo de expressar as idéias através de palavras e
frases. As palavras e construções sintáticas devem expressar, de modo claro,
conciso e original, as idéias já contidas no referido esquema.
Redação. Os
elementos chaves chegam aqui por meio de frases. Frase é o reflexo da boa ou má
idéia. Como se vê a construção da frase é parte importante que denota e
registra a capacidade e competência do escriba.
Assim, o esquema receberá o revestimento das palavras e frases bem
redigidas e construídas, cujo objeto é constante naturalidade e a
espontaneidade. Ressalte-se, que estes constituem as características
fundamentais do interesse e agrado. Portanto, os pensamentos devem ser expostos
de modo claro, bem aprimorado, isso é: evitar erros grassos, repetições das
mesmas palavras, etc.
Por derradeiro se o trabalho está concluído, deve-se passar a
limpo evitando períodos longos e colocando a devida pontuação.
Referências Bibliográfica.
RAMIÃO, Regina Toledo. HENRIQUE, Antonio. Curso de Português
Jurídico: Altas, 2000.
TERSARIOL, Alpheu. Noções de Redação Literária e Comercial: LISA – Livros
Irradiantes, 1984.
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