terça-feira, 15 de março de 2011

Estilo e Redação

Ancorado numa visão panorâmica, sobre a linguagem, esta, sempre em contínua evolução e não há força capaz de lhe estancar a movimentação.
Ao propósito, estilo é a maneira toda especial de exprimir os nossos pensamentos, idéias e conceitos querem na linguagem escrita quer falada.
Por conseguinte, o estilo é caráter privativo e genuíno e pertence a cada um em particular. É muito mais que maneira ou modo de expressar os pensamentos – é um dom é uma arte, assevera Alpheu Tersariol.
Logo, como arte nos leva a criar, a gerar idéias. Construindo o novo ou mesmo ponderando sobre as criações já existentes, sem traí-lo ou pervertê-lo. Sobre mais, os elementos existentes ao nosso redor são passíveis de mutações, seja pela autopoiese, seja pelo poder do homem em transformar.  
Ressalte-se que o estilo nasce com a pessoa (dom). A capacidade de conhecer exterioriza-se no reflexo de personalidade trazida a lume pela estética incorporada, tanto mais, materializa-se no fenômeno, plástica, esta demonstra a firmeza de sua cultura, sua, formação.
O estilo pode receber polimento de uma cultura adquirida, onde sua evolução recebe o signo de aprimoramento. Aprimorar é demonstrar grau de fineza espiritual e cultural da pessoa que escreve ou fala.
Convém destacar que na estilização temos o emprego dos procedimentos e estilo. Pode-se, assim, utilizar ou reutilizar instrumentos retóricos em variações sobre o mesmo tema.
Seguramente, toda e qualquer pessoa deve possuir o seu próprio estilo de literariedade.
Em remate, por que “temer uma folha de papel ou uma caneta, quando requestado para descrever ou produzir por meio da escrita”! Todos têm aptidão para escrever, e escrever bem as suas idéias, mas, para tanto: é necessário ter iniciativa. É necessário escrever, porque se aprende a escrever, escrevendo!
A REDAÇÃO. É comum ocorrer à pergunta: como vou fazer a redação? Ora, aos que estejam dispostos a escrever e de bem redigir, o caminho é permeados por etapas:

INVENÇÃO – PLANO - REDAÇÃO.
Acrescente aí, Rascunho – Esquema – Meditação. A invenção é meditação. Inventar é procurar e descobrir idéias. As idéias constituem, num trabalho literário, a essência, a base, a verdadeira matéria-prima. Na meditação procura-se a idéia central. Ora, o que é a idéia central? É a força motriz que impulsiona o tema a ser desenvolvido. E mais, em torno da idéia central deve girar as idéias secundárias. As idéias secundárias ou acessórias constituem complementos que dão ao trabalho a unidade imprescindível e a concatenação lógica entre as próprias idéias.
Plano. O plano consiste em: selecionar as idéias; concatenar as idéias; organizar um esquema; preservar a unidade. Dessa forma ao cogitar na seleção das idéias, deve-se ordená-las visando à devida concatenação das mesmas como garantia e característica de unidade.  Daí vem à necessidade de organizar. Construir um esquema para garantia da unidade. O esquema deve sintetizar o conteúdo do trabalho de tal maneira que facilite a redação.
A unidade pode ser lógica ou cronológica, sendo isto bastante relativo, e submetido ao assunto da redação. Logo, com o esquema a frente deve-se preocupar com o modo de expressar as idéias através de palavras e frases. As palavras e construções sintáticas devem expressar, de modo claro, conciso e original, as idéias já contidas no referido esquema.
Redação. Os elementos chaves chegam aqui por meio de frases. Frase é o reflexo da boa ou má idéia. Como se vê a construção da frase é parte importante que denota e registra a capacidade e competência do escriba.
Assim, o esquema receberá o revestimento das palavras e frases bem redigidas e construídas, cujo objeto é constante naturalidade e a espontaneidade. Ressalte-se, que estes constituem as características fundamentais do interesse e agrado. Portanto, os pensamentos devem ser expostos de modo claro, bem aprimorado, isso é: evitar erros grassos, repetições das mesmas palavras, etc.
Por derradeiro se o trabalho está concluído, deve-se passar a limpo evitando períodos  longos e colocando a devida pontuação.
Referências Bibliográfica.
RAMIÃO, Regina Toledo. HENRIQUE, Antonio. Curso de Português Jurídico: Altas, 2000.
TERSARIOL, Alpheu. Noções de Redação Literária e Comercial: LISA – Livros Irradiantes, 1984.


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